Desemprego volta a subir no País após dez quedas seguidas

Desemprego volta a subir no País após dez quedas seguidas

A taxa de desemprego voltou a subir no País após dez recuos consecutivos: foi de 7,9% no trimestre encerrado em dezembro de 2022 para 8,4% no trimestre terminado em janeiro deste ano, segundo os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) divulgados nesta sexta-feira, 17, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

“A pesquisa confirma a tendência de piora que esperávamos na desocupação e mostra os efeitos da desaceleração da economia no emprego”, avaliou Claudia Moreno, economista do C6 Bank, em comentário.

Apesar da elevação, a taxa de desemprego no trimestre encerrado em janeiro de 2023 foi a mais baixa para esse período do ano desde 2015, quando estava em 6,9%. O resultado teria sido maior, não fosse a migração de trabalhadores que perderam o emprego para a inatividade.

“Se as pessoas que perderam sua ocupação agora tivessem se voltado para a busca do trabalho isso poderia ter levado a um aumento da taxa”, ressaltou Adriana Beringuy, coordenadora de Trabalho e Rendimento no IBGE. “Mas é importante lembrar que o processo de busca por trabalho no mês de janeiro não costuma ser dos mais intensos. É mês de férias. Empresas têm paradas técnicas, ou férias”, completou.

Alta na renda

A massa de salários em circulação na economia aumentou em R$ 29,156 bilhões no período de um ano, para R$ 275,134 bilhões, uma alta de 11,9% no trimestre encerrado em janeiro de 2023 ante o trimestre terminado em janeiro de 2022. Na comparação com o trimestre terminado em outubro de 2022, a massa de renda real subiu 0,8% no trimestre terminado em janeiro, com R$ 2,156 bilhões a mais.

“Por mais que eu tenha perdido um pouco da população ocupada, as pessoas que permaneceram na ocupação estão ganhando mais”, explicou Adriana Beringuy, do IBGE.

Embora a expansão na massa de renda em um trimestre não tenha sido estatisticamente significativa, por ter ficado dentro da margem de erro da pesquisa, Beringuy lembra que, na comparação anual, “a massa cresce sucessivamente, seja por conta da expansão da ocupação como dos rendimentos”.

O rendimento médio dos trabalhadores ocupados teve uma elevação real (ou seja, já descontada a inflação do período) de 1,6% na comparação com o trimestre até outubro de 2022, R$ 46 a mais, para R$ 2.835. Em relação ao trimestre encerrado em janeiro de 2022, a renda média real de todos os trabalhadores ocupados subiu 7,7%, R$ 202 a mais.

O crescimento do rendimento médio real está relacionado à trégua da inflação registrada nos últimos meses, que proporciona ganhos reais, mas também à melhora na composição da ocupação, com manutenção de vagas com carteira assinada no setor privado e uma dispensa de trabalhadores temporários com menores remunerações no setor público, o que tende a elevar o rendimento médio, apontou Beringuy.

“Além da questão da inflação, tem a manutenção de carteira de trabalho, são trabalhadores mais bem remunerados”, lembrou Beringuy. “A própria queda na ocupação dentro da administração pública, seguridade, educação e saúde é uma perda mais daqueles trabalhadores temporários, que são os rendimentos menores”, explicou./Colaborou Italo Bertão Filho

Fonte: www.terra.com.br

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