Após fala de Lula, Sanderson pede impeachment e Kataguiri vai à AGU
Parlamentares acusam presidente de propagar desinformação sobre impeachment de Dilma Rousseff, em 2016
Os deputados federais Ubiratan Sanderson (PL-RS) e Kim Kataguiri (União Brasil-SP) entraram com representações contra o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nesta quinta-feira (26), após o petista ter se referido ao processo de impeachment contra a ex-presidente Dilma Rousseff, em 2016, como golpe de Estado.
Sanderson entrou com um pedido de impeachment de Lula na Câmara dos Deputados.
Segundo o deputado, o chefe do Executivo brasileiro cometeu crime de responsabilidade ao alegar que houve um golpe em 2016, com a retirada da então presidente Dilma Rousseff do poder.
“Ao afirmar, em discurso oficial e público, que o impeachment de Dilma Rousseff foi um golpe de Estado, Lula atenta contra os Poderes, Câmara e Senado, bem como contra a Constituição Federal, situação que por si só impõe a abertura de impeachment pela flagrante prática de crime de responsabilidade”, disse o parlamentar.
Já o deputado Kim Kataguiri entrou com representação na Advocacia-Geral da União (AGU), através da Procuradoria de Defesa da Democracia, para que o presidente seja responsabilizado por propagar “campanha de desinformação”.
“O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, está deliberadamente propagando desinformações a respeito de um fato histórico e do funcionamento das instituições democráticas e do arcabouço constitucional”, disse Kim na representação.
“Deste modo, considerando a notória desinformação veiculada pelo Presidente da República, requeremos à Vossa Excelência que determine que a Procuradoria Nacional da União de Defesa da Democracia, inicie procedimento judicial em desfavor do Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, a fim de responsabilizá-lo por seus graves atos”, completou o parlamentar.
Durante sua primeira viagem internacional como presidente no atual mandato, Lula afirmou, em evento na Argentina, que houve um golpe de Estado no Brasil em 2016, e que desde então, o país vive um “retrocesso”.
Fonte: www.cnnbrasil.com.br