Página Memórias de Baixa Grande publica texto de valorização aos sambadores Cosme e Sinval da Viração
A página no facebook, intitulada Memórias de Baixa Grande, publicou um texto nesta quinta-feira, 16 de maio de 2024, demonstrando o valor cultural de alguns sambadores do município de Baixa Grande. No texto demonstra a luta de alguns sambadores para manter vida a tradição do samba raiz, frisando Cosme e Sinval da Viração, confira:
Sr. Cosme e Sr. Sinval da Viração, resistentes lideranças do grupo de samba de roda em Baixa Grande. Hoje nossa homenagem vai para essa dupla de sambadores, Cosme e Sinval da Viração, representantes do Grupo de Sambadores Raízes de Baixa Grande, que há mais de 50 mantém viva a cultura do samba de roda em nosso município, juntamente com outros sambadores e amantes do samba, a exemplo de Antônio do Jabuti, Jorge do Jabuti, Carlinhos sambador, Roque da Viração, Verano do Mandacaru, Bernardo da Viração, Beto da Cajá, Gabriel violeiro, e os jovens Washington, Geovane e Alexandre.
A cultura do samba de roda em nosso município é uma manifestação cultural centenária que acontecia com bastante frequência tanto na zona rural, quanto na sede de Baixa Grande. Atualmente as festas e eventos de samba de roda em nossa cidade, tem enfraquecido bastante, comparado há tempos atrás, por conta de uma série de questões, a falta de incentivo e desvalorização do poder público, o que automaticamente influencia o desinteresse e a falta de curiosidade das novas gerações e pessoas de outras idades, a conhecerem e participarem da beleza autêntica e ancestral que é o nosso samba de roda.
Nosso samba de roda é samba de chulas, batuques e reisados, é o samba de gente preta, é o samba que atravessou gerações e o samba de poder. Infelizmente por obras do destino, diversos componentes do Grupo de Sambadores local, já faleceram, ou por conta da idade ou por questões de saúde. Mesmo com tantas perdas e com poucos apoios, o samba permanece vivo e muito se dá pela força e persistência de Cosme da moleta e Sinval da Viração, ambos sambadores natos, amantes da cultura, que mesmo com a idade que já passam dos 70 anos, não desistem de manter a tradição de virar uma noite inteira e amanhecer o dia sambando, cantando as chulas e os batuques, heranças de seus antepassados, que com a ajuda dos demais companheiros do grupo, não deixam o samba morrer.
Cosme com apenas uma perna, chama atenção de quem o assiste, amanhecer o dia tocando e cantando sem sentar e Sinval que desafia tocadores, tocando sua viola uma noite e um dia sem parar se for preciso.
Deixamos essa homenagem a essas pessoas que fazem a nossa cultura raiz continuar viva todos esses anos!
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Por: Ediomário Catureba – DRT 8484-BA