Amigos do cordelista Jurivaldo Alves de Baixa Grande fazem campanha para ajudá-lo em tratamento de saúde

Amigos do cordelista Jurivaldo Alves de Baixa Grande fazem campanha para ajudá-lo em tratamento de saúde

Este ano, Jurivaldo passou por 25 sessões de radioterapia e quimioterapia, mas os processos não tiveram êxito esperado.

O cordelista Jurivaldo Alves, reconhecido pelo seu trabalho e dedicação à cultura nordestina da literatura de cordel, está passando por um momento complicado de saúde. Há mais de um ano, ele descobriu um câncer no reto. Este ano, Jurivaldo passou por 25 sessões de radioterapia e quimioterapia, mas os processos não tiveram êxito esperado. Em entrevista ao Acorda Cidade, a filha dele, Patrícia Oliveira, falou que a partir de agora seu pai vai precisar realizar a amputação abdominoperineal do reto e para isso a família conta com o apoio e a solidariedade de todos

Patrícia explicou como a família percebeu a doença nos primeiros sintomas demonstrados por Jurivaldo.

“Nós pensávamos que deveria ser a próstata pelos sintomas de labirintite, fraqueza, emagrecimento, mas ele começou a defecar sangue e a passar mal nos eventos, não suportava mais. Pensava também que ele estava com intolerância à lactose, então quando fez os exames, ele decidiu parar para cuidar da saúde, então infelizmente foi detectado o tumor maligno no reto”, explicou.

Segundo Patrícia, Jurivaldo estava incerto quanto a doença e meio resistente a realizar a cirurgia, mas após a negativa do tratamento, ele teve que ceder a possibilidade da intervenção.

“Ele não esperava que iria chegar a esse ponto, pensou que era uma coisa fácil de resolver. Mas infelizmente, com o diagnóstico de malignidade do tumor através das biópsias, ele agora está conformado porque foi muita gente dando assistência, tanto no Unacon, quanto aos familiares que estudam na área de saúde”, explicou Patrícia em entrevista ao Acorda Cidade.

O cordelista vai precisar passar pela amputação abdominoperineal do reto, que é a remoção do órgão. Após a cirurgia, ele precisará usar uma bolsa de colostomia e a depender do resultado, poderá voltar a realizar outra operação para voltar à normalidade, reconstruindo as funções anais.

Com 76 anos contados em muitas histórias, Jurivaldo veio de Baixa Grande, na Bahia, para fincar seu coração e descobrir sua maior vocação em Feira de Santana. Há mais de 50 anos ele trabalha com o cordel, dedicação essa, que mesmo em meio às dificuldades, ele não deixa de vivenciar. Mesmo debilitado, Jurivaldo ainda conduz seu boxe localizado no Mercado de Arte, com o auxílio da filha que também é cordelista.

A fé em Maria Milza, santa em que ele deposita sua confiança e relata suas realizações em seu último cordel, está sendo de grande valia em sua recuperação e resistência.

“Os obstáculos vão aparecendo e ele chama por ela, segundo ele fala, é como se fosse um milagre. Judiaram muito dele por causa disso. Ele teve dificuldade de acesso venoso para aplicação das quimio, mas o que o preocupou muito foi que disseram que ele iria ter efeitos colaterais, só que eles apareceram de leve. O efeito colateral principal para ele foi que ele passou muito tempo se defecar”, contou Patrícia.

Conforme o relato de Patrícia, a cirurgia deve ser realizada o mais breve possível, mas Jurivaldo deseja esperar passar o Natal e seu aniversário em 20 de dezembro para celebrar ao lado da família. A cirurgia deve ser realizada pelo Unidades de Alta Complexidade em Oncologia (Unacon), de Feira de Santana, através da Santa Casa de Misericórdia.

“Ele quer passar com os filhos, netos, do ponto de vista dele é para aproveitar o final de ano sem dor”, explicou.

Campanha Solidária

O grupo Cariri Cangaço, que tem integrantes de diversas regiões do nordeste, incluindo Jurivaldo, levantou uma Campanha em prol do cordelista, que precisa de orações e de ajuda financeira, já que o folheteiro está afastado dos eventos e de seu boxe integralmente e precisa de auxílio para custear suas despesas.

“A finalidade da arrecadação não é para custear a cirurgia, pois tudo indica que vai ser pelo SUS. Mas será para as fraldas que ele utiliza, depois da cirurgia tem a bolsa de colostomia que é algo removível, medicações, consulta, teste para coagulograma, anestesia, cardiologia, dieta restrita”, explicou.

Para além das doações, Patrícia reforça o apoio dos amigos, familiares e admiradores do cordelista que tem grande relevância para a cultura da literatura de cordel.

“Agradecer a todos que estão ajudando a compartilhar essa corrente de solidariedade. Meu pai sabia que era muito querido, mas agora está fortalecendo porque tem gente que nem tínhamos contato direito e estão fazendo. Não é só a questão da doação, mas dar uma palavra amiga, um conselho, reforçar para ele a importância da cirurgia, porque a metástase é muito mais agressiva. A cirurgia é delicada, mas é pior não fazer e não surtar, porque ele diz que quer viver até os 120 anos”, finalizou Patrícia.

Como ajudar:
Quem quiser contribuir pode entrar em contato com a filha de Jurivaldo pelo número:  75 9 9192 2421. As doações podem ser realizadas através da chave PIX Celular: 75 9 8869 6553 (C6 Bank).

Fonte: https://www.acordacidade.com.br

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