Alertas de desmatamento batem recorde no Cerrado no primeiro trimestre deste ano
A Amazônia teve a segunda pior taxa da série histórica; o recorde de alertas de desmatamento foi no ano passado.
Os alertas de desmatamento no primeiro trimestre deste ano bateram recorde no Cerrado. A Amazônia teve a segunda pior taxa da série histórica.
O primeiro trimestre deste ano teve um desce-sobe: os dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais mostram que os alertas de desmatamento saíram de 166 quilômetros quadrados em janeiro para 321 quilômetros quadrados em fevereiro, e continuaram subindo em março.
Foi o segundo pior trimestre desde que o Inpe passou a medir os dados, em 2016. O recorde de alertas de desmatamento foi no ano passado.
Só no mês passado, foram 356 quilômetros quadrados sob alerta de desmatamento, um aumento de 14% em relação a março do ano passado. O número quase superou o recorde, registrado em março de 2021.
O Amazonas foi o estado que mais desmatou – 127km²; o Pará, o segundo – 83km²; e o Mato Grosso, o terceiro – 80km².
A destruição do Cerrado nos três primeiros meses deste ano é a maior desde 2019, quando começaram os registros. Apesar da queda nos alertas em março, o índice atingiu uma área de mais de 1.375,38 quilômetros quadrados.
A devastação nos dois biomas indica que até agora não houve um freio nos crimes ambientais – queimadas, exploração de madeira. Segundo especialistas, as medidas adotadas nesses três primeiros meses do governo Lula ainda não surtiram o efeito necessário e alertam: o atual governo precisa agir mais rapidamente.
Fonte: www.globo.com.br