Lula investirá pesadamente contra CPI do 8 de Janeiro, diz petista
O senador Humberto Costa (PT-PE) disse que o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) investirá contra a instalação da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) para investigar os atos extremistas de 8 de Janeiro. Deu a declaração em entrevista ao Poder360 na 5ª feira (9.mar.2023).
“O governo vai investir pesadamente para que os parlamentares sejam convencidos de que não é o melhor caminho e, se o instrumento for a retirada das assinaturas, que assim se faça”, disse o senador, vice-presidente nacional do Partido dos Trabalhadores.
“Se não houver alternativa, nós precisaremos cumprir aquilo que for o rito ditado pelo Supremo Tribunal Federal e que está no regimento, porque a CPI é um instrumento da minoria, mas é um instrumento político de disputa. A maioria também tem o direito, não é absurdo, assim todos os governos fazem, de tentar que a CPI não aconteça”, disse o político.
Humberto foi eleito na 4ª feira (8.mar) presidente da CAS (Comissão de Assuntos Sociais) do Senado. O colegiado deve analisar propostas sobre relações de trabalho, seguridade social, previdência social, população indígena, assistência social, proteção e defesa da saúde.
Na entrevista, disse que suas prioridades no comando da comissão será discutir a reestruturação do Sistema Único de Saúde, a atualização do Bolsa Família e a remodelação da legislação trabalhista. Ele citou o trabalho intermitente e por aplicativos como prioridades.
“Haverá ideias de projetos de mudanças na legislação, particularmente naquilo que diz respeito ao trabalho intermitente, ao trabalho por aplicativos. Certamente é do interesse do governo promover uma mudança da legislação nessa área”, declarou.
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O senador falou ainda sobre a relação do Congresso com o governo Lula. Disse que o União Brasil reconheceu integrar o governo do presidente quando defendeu a permanência de Juscelino Filho no Ministério das Comunicações.
“O presidente do partido e o líder na Câmara se apressaram em fazer a defesa do ministro [Juscelino Filho]. Esse, na verdade, é um reconhecimento de que estão no governo. Por isso, o governo tem que o tempo inteiro cobrar lealdade e fidelidade, porque o partido foi contemplado com grande participação”, disse.
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Fonte: www.poder360.com.br