30% dos brasileiros precisa de reabilitação física pós-Covid
Alguns sintomas continuam cerca de um ano após a infecção
Os estudos sobre a Covid-19 longa continuam a crescer e a ganhar mais peso com descobertas diárias acerca da doença. A investigação “Avaliação e Tratamento de Complicações em Pacientes com Sequelas Pós Infecção por SARS-CoV-2”, realizada ao redor do mundo entre 2020 e 2021, concluiu que 30% das pessoas que tiveram a síndrome gripal precisam de reabilitação física após a alta. Os sintomas mais frequentes registrados foram fadiga, alterações no sono, complicações neuropsíquicas (como turvação mental e ansiedade ou depressão) e, em casos mais graves, problemas cardiovasculares e cardiopulmonares.
A doença pode afetar múltiplos órgãos e sistemas e os sintomas podem oscilar durante o tempo. Eles geralmente começam quatro semanas após a recuperação do indivíduo e segundo o Relatório Semanal de Morbidade e Mortalidade, um em cada cinco adultos tem uma condição de saúde relacionada à infecção viral prévia.
Para auxiliar os pacientes na retomada de sua capacidade física plena, os principais centros de saúde passaram a oferecer tratamentos específicos aos sobreviventes da infecção pelo novo coronavírus. “A reabilitação pode ajudar a tratar diversas sequelas deixadas pelo vírus, como a perda da audição, do olfato e/ou do paladar, comprometimentos das funções cardiorrespiratórias e danos psicológicos. Até mesmo pessoas que não foram hospitalizadas e tiveram uma infecção mais leve podem se deparar com a síndrome da Covid-19 longa futuramente”, explica o infectologista do Hcor, Dr. Guilherme Furtado.
A duração dos programas de reabilitação varia muito entre os pacientes. Os mais rápidos têm duração de quatro a seis semanas, mas existem outras pessoas que precisam de mais de seis meses de cuidado, especialmente pacientes com síndrome da Covid-19 longa, onde existem demonstrações de intolerância aos esforços em conjunto com outras manifestações clínicas.
A reabilitação cardiopulmonar é um outro método que ajuda o paciente como um todo, pois promove a recuperação da capacidade aeróbica por meio do treinamento físico de membros inferiores, superiores e da musculatura respiratória (intercostal e diafragmática). A dose adequada para prescrição do treinamento da reabilitação é obtida pelo teste cardiopulmonar de exercício, onde é feito o diagnóstico da causa da limitação funcional e o grau de comprometimento.
“Aqueles que sofreram comprometimento do pulmão, por exemplo, podem se beneficiar da fisioterapia e da terapia ocupacional. Para os problemas neurológicos, podem ser indicadas a neuropsicologia e a terapia cognitiva. Os sintomas psicológicos podem ser tratados a partir de aconselhamento de psicólogo e psiquiatra, além de terapia comportamental”, aponta Dr. Carlos Hossri, cardiologista do Hcor.
Sobre o Hcor
O Hcor atua em mais de 50 especialidades médicas, entre elas Cardiologia, Oncologia, Neurologia e Ortopedia, além de oferecer um centro próprio de Medicina Diagnóstica. Possui Acreditação pela Joint Commission International (JCI) e diversas certificações nacionais e internacionais. Desde 2008, é parceiro do Ministério da Saúde no Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do Sistema Único de Saúde (PROADI-SUS).
Instituição filantrópica, o Hcor iniciou suas atividades em 1976, tendo como mantenedora a centenária Associação Beneficente Síria. Além do escopo assistencial, o hospital conta com um Instituto de Pesquisa, reconhecido internacionalmente, que coordena estudos clínicos multicêntricos com publicações nos mais conceituados periódicos científicos. Também está à frente de um Instituto de Ensino, que capacita e atualiza milhares de profissionais anualmente e é certificado pela American Heart Association.
Fonte: www.fleishman.com.br